Essa é minha mãe Teresa, esse é meu pai Allan e essa sou eu: Mariah.
Meus pais nasceram em 66, casaram em 88 e eu nasci em 99.
7 meses depois eles se separaram. Mas aí, 2 anos depois casaram de novo.
Só que a minha mãe casou com o Beto e meu pai casou com a Tóia.
Aí, quando eu tinha 4 anos, pedi muito e o Papai do Céu mandou o Matheus pelo meu pai, e mesmo sem eu pedir, mandou também a Vero pela minha mãe. 2 anos depois ele mandou o Victor pela minha mãe, e como o Papai do Céu é um cara muito justo, mandou o Biel pelo meu pai.
Com 4 anos eu era filha única e aos 8 anos eu já tinha 4 irmãos.
E viajava que meus pais iam se separar, casar de novo. (um com o outro) e a gente ia morar todo mundo junto. Mas como eu gostava do Beto e da Tóia eles iam ficar juntos e as crianças iam pra lá no final de semana.
E rolou, só que eu não pedi direito e parou na parte em que meus pais se separavam e casavam de novo. Só que mais uma vez foi com outras pessoas. Meu pai casou com a Andréa e minha mãe casou com o Hélcio.
E aí, quando eu já tava grandinha e sabendo que não era bem o Papai do Céu que fazia meus irmãos... a dona Cegonha deu o Arthur pro meu pai e foi rapidinho buscar a Alice pra minha mãe.
Essa sou eu e esses são os meus irmãos: Matheus, Veronica, Victor, Gabriel e Arthur - e eles são as pessoas que eu mais amo no mundo.
A Alice também seria, mas eu inventei ela pra história ficar mais maravilhasa
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
QUAL O SEU NOME TODO?
ISABEL CRISTINE FIGUEIRA SANCHE CARVALHO
Esse é o meu nome. É importante ressaltar que é Cristinne e que é com dois Ns.
Eu ia me chamar Lucas, mas quando nasci, saiu eu e acho que por não ter nome colocaram ISABEL, que é o nome da minha avó paterna.
Avó Bel tinha os cabelo compridos e branquinhos. Eu sempre gostei de ter o mesmo nome que a minha vó Bel.
Esse nome meio que moldou minha persona. Sempre gostei de falar ele inteiro, é que eu meio que lembro de mim. Quem sou!?
Dois nomes Próprios
Dois sobrenomes com nome de árvore.
1 sobrenome faltando uma letra, o foda é ter que ficar explicando que é Sanche, sem S no final.
Mas eu gosto mesmo é, quando alguém que eu gosto me chama de Bel. Me sinto muito feliz. É como se no momento que a pessoa me chama de Bel, eu me torno intima dela. É quase uma permissão pra entrar na vida dela e ela na minha.
Bel, Isabel...
Isabel Sanche :D
domingo, 24 de janeiro de 2016
compulsão + xixi
Xixi
gravar áudio:
- coletar histórias de compulsão
cena:
beber 2 ou mais litros de água ininterruptamente enquanto o áudio é repetido. Terminar fazendo xixi na roupa e emendar na cena do banho.
gravar áudio:
- coletar histórias de compulsão
cena:
beber 2 ou mais litros de água ininterruptamente enquanto o áudio é repetido. Terminar fazendo xixi na roupa e emendar na cena do banho.
nariz e casa
Na minha casa antiga não tinha infiltração. Não
tinha mofo, não tinha porta quebrada, não tinha janela rangendo, não tinha chão
sem piso, não tinha barata.
Quando eu entrava em casa, sentia um cheiro de desinfetante pinho sol e óleo de peroba. Limpeza. Não era muito gostoso, mas tinha cheiro de limpeza. Eu só percebi que o cheiro era esse quando não tava mais morando lá. É que a gente sente o cheiro da casa dos outros, mas não sente o cheiro da própria casa, pq já se acostumou. Eu não sentia o cheiro de lá não...
Na casa que eu moro hoje, tá tudo mofado...a infiltração ta ganhando as paredes aos pouquinhos, as baratas entram pelas frestas que existem nas janelas e portas, o piso estufou. Eh só entrar em casa que o cheiro de úmido ganha minhas narinas e só é substituído pelo cheiro do ralo quando eu chego perto do banheiro. Cheiro do ralo é sempre o mesmo. Cheiro de “tem alguma coisa errada”. Pq se tivesse tudo certo, o ralo não cheirava. Eu sinto cheiro de úmido todo dia. E sinto cheiro de ralo todo dia.
Acho que lá não é minha casa...
Na minha casa mesmo, que eu ainda vou morar, o ralo passa despercebido pelos narizes. Mofo, só tem no pão que o pessoal compra e esquece de comer antes da data de vencimento. Tem nada de infiltração não. O cheiro da casa é uma mistura de amaciante de roupa, comida no fogão, verde e rosa branca. Pena que eu não consigo sentir... é que nesse presente do futuro, meu nariz e minha casa namoram
Quando eu entrava em casa, sentia um cheiro de desinfetante pinho sol e óleo de peroba. Limpeza. Não era muito gostoso, mas tinha cheiro de limpeza. Eu só percebi que o cheiro era esse quando não tava mais morando lá. É que a gente sente o cheiro da casa dos outros, mas não sente o cheiro da própria casa, pq já se acostumou. Eu não sentia o cheiro de lá não...
Na casa que eu moro hoje, tá tudo mofado...a infiltração ta ganhando as paredes aos pouquinhos, as baratas entram pelas frestas que existem nas janelas e portas, o piso estufou. Eh só entrar em casa que o cheiro de úmido ganha minhas narinas e só é substituído pelo cheiro do ralo quando eu chego perto do banheiro. Cheiro do ralo é sempre o mesmo. Cheiro de “tem alguma coisa errada”. Pq se tivesse tudo certo, o ralo não cheirava. Eu sinto cheiro de úmido todo dia. E sinto cheiro de ralo todo dia.
Acho que lá não é minha casa...
Na minha casa mesmo, que eu ainda vou morar, o ralo passa despercebido pelos narizes. Mofo, só tem no pão que o pessoal compra e esquece de comer antes da data de vencimento. Tem nada de infiltração não. O cheiro da casa é uma mistura de amaciante de roupa, comida no fogão, verde e rosa branca. Pena que eu não consigo sentir... é que nesse presente do futuro, meu nariz e minha casa namoram
Jogo + jogo
Jogo + jogo
jogo 1: Munida de lençol e pregadores, propor para outres jogadores a montagem coletiva de uma cabaninha.
Quando estiver pronta, entrar com o máximo possível de pessoas e, propor.
jogo 2: Compartilhar histórias. Dentro de um pote, dispor pílulas de temas. Um papel eh sorteado e cada jogador precisa contar uma história com o tema sorteado. A história pode até ser inventada, mas o objetivo do jogo eh que os demais jogadores acreditem q eh verdade.
Exemplo de temas.
jogo 1: Munida de lençol e pregadores, propor para outres jogadores a montagem coletiva de uma cabaninha.
Quando estiver pronta, entrar com o máximo possível de pessoas e, propor.
jogo 2: Compartilhar histórias. Dentro de um pote, dispor pílulas de temas. Um papel eh sorteado e cada jogador precisa contar uma história com o tema sorteado. A história pode até ser inventada, mas o objetivo do jogo eh que os demais jogadores acreditem q eh verdade.
Exemplo de temas.
Uma vergonha que eu passei
O dia que minha vida mudou
A primeira vez que senti saudade
A maior mentira que contei
A primeira vez que senti saudade
A maior mentira que contei
Na minha casa preferida
Uma vez em Santa Cruz eu...
Eu tenho uma história com uma parede
A vista da minha janela
A pior noite fora de casa
O melhor banho
Eu tenho uma história com uma parede
A vista da minha janela
A pior noite fora de casa
O melhor banho
Sempre tinha na geladeira
Tombo no banheiro
No corredor ficava escuro
Bichinho de estimação
A descarga não funcionou
Naquele dia a sala tava lotada
Perdi na mudança
Acordei com um susto
Tombo no banheiro
No corredor ficava escuro
Bichinho de estimação
A descarga não funcionou
Naquele dia a sala tava lotada
Perdi na mudança
Acordei com um susto
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Depoimento de Victor Seixas sobre experiência em Casa Vazia
Brincar de declarar É preciso coragem para abrir. Ô se é. Para descer as escadas na companhia do coração vestido de partido alto. Receber as regras com atenção. Perceber a volta do sotaque do amigo que veio das bandas de lá de cima, sedento pela carne preparada pela avó. O banho de chuva, de cuia, de chuveiro, de mãe. É precisa a leveza dos pássaros, a delicadeza do olhar, as crianças, o cão, a vizinhança. É preciso negar o brigadeiro: doce mesmo é a calmaria da Chris. Um convite a um ponto de vista, um abismo de visão, um afago. É brincadeira pura todo o rock para mamãe. O fone de ouvido sem microfone da atriz semi completa que varre o chão. Repleta é Mariah. Envolve, acaricia, seduz e transforma. Conhece as formas. Saboroso fubá, na carona do queijo de minas, batido pelas mãos do pernambucano (já sem sotaque). A mesa posta é Samuca. É farto, é anfitrião, é receita de humano. Segredo é brincar de cegueira, de pé no chão, mão na mão, mão no coração, mão na chave. Segurar forte. Sério é Ricardo. De cartas, de frechas, de lavabo, de frente. Amadurecer é ser capaz de ouvir as mesmas histórias por bocas distintas? Qual é o bastante para não sofrer? Qual a parte que nos cabe nesse caderno? Não foram perguntas, não. Foi a vitória da vontade sobre o medo. Overdose de encontro. Oficina de amor. - Quando você chegar não precisa interfonar, mete a mão (ou a mãe) na maçaneta e pode entrar. E não me diz para ficar a vontade. Isso não precisa. Já cheguei com ela.
Depoimento de Camila Barra sobre experiência em Casa Vazia
Sobre a experiência na C A S A V A Z I A
Havia uma conexão entre as
pessoas e das pessoas com aquele lugar. E por um tempo, para mim, foi como se
não houvesse espaço lá fora, vida além dali, e perdi completamente a noção do
tempo, esqueci de ver que horas eram e também não importava. Tinha muito amor
ali, amor entre as pessoas, amor com o lugar, amor com o trabalho. Dionísio
esteve ali 24 horas com certeza, e fez a festa. Outro que participou ativamente
foi São Pedro, porque a chuva que caiu foi providencial. Foi só pra gente poder
sentir o cheirinho da chuva, e ouvir o barulho dela no telhado, tomar banho de
chuva e sentir a grama molhada no pé enquanto Samuel se lembrava da infância.
Era muita sinceridade nas
relações, no que foi apresentado. No mundo “real” somos mais fechados, difícil
ter uma relação assim aberta com o outro. O que pôde acontecer ali foi raro,
foi poesia, foi de uma delicadeza de sentimentos e sensações que eu queria pra
sempre. Uma experiência pra se lembrar em certos momentos.
Tocaram no sutil, no delicado,
nas pequenas coisas lindas da vida: o almoço compartilhado, o café com bolo de
fubá, as lembranças, os segredos e os artistas... tanta sinceridade. Isso foi o
que mais me tocou de tudo, me sentir conectada com as coisas mais singelas.
Acho que casa é um lugar que te trás isso de alguma forma, porque é aconchego,
é intimidade, é estar à vontade... proteção... é poder relaxar.
Sei lá, em cada um bate de um
jeito, claro. Em mim foi assim: me tocou a singeleza, o sutil, as pequenas
trocas. E foi lindo!
Aliás, foi muito louco porque
às vezes eu não sabia se via uma cena ou não. Era tudo tão honesto, tão
verdadeiro que sei lá. Foi difícil ver a construção em algumas coisas, parecia
tudo improviso, quero dizer, uma conversa que simplesmente aconteceu... as
transições pras cenas foram muito leves. Parecia que cada um falava a sua
história porque deu na telha falar, sei lá. Pareceu que eu só estava ali na
casa de uns amigos e, às vezes, rolava umas conversas; que o Samuel sentou pra
bater bolo na sala só por coincidência, que o Ricardo e a Mariah brincaram com
os imãs da geladeira só porque ocorreu deles estarem ali mesmo. Claro, que era
perceptível o trabalho construído, pensado, bem dirigido. Mas sei lá, na hora a
gente acredita que tá vivendo aquilo, aquele momento e só. Não parece teatro
entende. Não sei se to me fazendo entender. Tá tudo muito fresco ainda. Percebo,
principalmente agora avaliando com calma, que foi tudo muito bem pensado,
ensaiado, preparado. Mas pra gente que assistia parece só que simplesmente
aconteceu!
(e ainda to encucada porque a
Cris, no banheiro, contou a mesma historia que a Mariah tinha contado no jogo
um pouco antes na sala, quando pegou o papel escrito “meus pais”... ainda quero
saber quem que, afinal, olhava o vizinho pela janelinha do banheiro...).
Um dos momentos que achei mais
incrível foi ficar escutando a Mariah falar ao telefone enquanto fazia
brigadeiro. Parecia que ela não via a gente ali e que eu estava espionando a
vida dela, que, afinal, tava ali só fazendo uma coisa normal num dia normal. Ao
mesmo tempo, eu, quietinha na minha, senti que também não era vista, que estava
segura ali sentada fingindo que não fazia nada enquanto ia ouvindo ela, e ia me
identificando com o que ela dizia, pensando...
Ah galera, eu fui realmente
tocada por esse trabalho, pela forma como ele aconteceu! Escrevi para tentar
entender o porquê, mas algumas coisas ficam no plano do subjetivo mesmo. Foi um
dia lindo! Obrigada e Parabéns pra vocês todos.
Camila
Barra
p.s.: Mariah, dos quatro você
era a única que eu não conhecia e simplesmente adorei você! Parabéns pelo
trabalho. Samuca, Cris e Ricardo, vocês são lindos sempre! <3
Depoimento em áudio de Luiza Toschi sobre a experiência em Casa Vazia
"Eu “tô” aqui num taxi […] acabei de sair da casa e eu percebi que meu olho “tá” diferente. […] é como se eu tivesse descoberto uma perspectiva um pouco distante.... Como se eu estivesse conseguindo olhar as coisas de longe e agora, o fato de estar na rua, com carros passando, árvores, marquises e prédio, tudo ganha um tamanho muito diferente. Como se eu estivesse numa maquete... como se isso não fosse a realidade, sabe?"
https://soundcloud.com/gabriel-morais-4/depoimento-de-luiza-toschi-sobre-c-a-s-a-v-a-z-i-a
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