terça-feira, 16 de setembro de 2014
Reação à música da Chris
Festa de família. É natal, talvez. É de noite. NÃO! Sou eu que fugi da família, fugi de casa, fugi de todo o mundo procurando todo o mundo. Sou eu buscando na solidão encontrar a mim e ao outro. Quem? Quando? Para. Vive. Vive, apenas. Rilke bem que me avisou que era para acostumar-se com a presença das perguntas, em vez de angustiar-se com a ausência das respostas. Era, disse ele, para admirar a beleza do não-saber, sem muito mais. Já não sei se foi exatamente isso o que ele disse, mas pelo menos foi assim que tudo aquilo se imprimiu em mim. Chega. Movimento, movimento, movimento. Barulho, barulho, barulho. Chega. A festa de família voltou. Tomo um gole de vinho, meio atordoado. Tudo passou muito rápido e agora me vejo outra vez aqui, sem saber exatamente por que. Chega.
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