segunda-feira, 7 de março de 2016

provocação Ilê Ayê - Que bloco é esse?

Texto Anexo da moça Sabrina sobre o tráfico de drogas e a exploração da miséria de negros.
Eu vou contar a vcs uma história:
Eu morava perto do morro do cantagalo, aqui no rio, perto da praia e a praia era aquele lugar “democratico” onde “td mundo era igual”. A vdd é que brancos ali tentavam fazer experiencias antropologicas escrotas com favelados mas era bem sutil mesmo. Eu me incluo nessa.
Eu fiquei amigona de um mlq cujo apelido se chamava tote (qm eh da zs do rio deve conhece-lo) Surfista sinistro, me ensinou à surfar direito, me ajudava em varios aspectos da minha vida e um detalhe q nao importa aqui, foi um dos poucos caras q nao tentou me agarrar. Estudava em facul publica q dpa teve q largar. Tinha varios patrocinadores de surf querendo patrocina-lo. O mlq era FODA. a mae dele era aidetica e alcoolotra e ele q cuidava da casa toda. Dos irmaos, dinheiro etc. Ele era negro e nao aquele negro que a sociedade erotiza e contrata pra fazer cota nas lojas e evitar uma má visibilidade e processo. Ele era aquele cara q pessoas atravessavam a rua ao ver, pq ele “tjnha cara de bandido” como diziam. Ele se meteu com trafico e geralmente vendia pro arpoador inteiro. Se meteu pq surf ia demorar pra ganhar dinheiro e ele nao podia esperar. Faltava comida, remedio etc e sinceramente? Nao ia ser facil achar um emprego. Ele queria ser surfista mas qs viu o dinheiro entrar, foi desistindo. Eu era bem amiga dele e fumavamos juntos. Eu sequer subia o morro.
Um dia ele morreu. Assassinado num confronto.
Eu to viva. Todos os clientes playboys dele estao vivos e trabalhando, mt bem obrigada.
Fico pensando… se a gente n tivesse enchido o rabo dele de grana de uma vez pra sustentar nossas babaquices, talvez fosse ele no lugar do gabriel medina hoje (e eu pego obda desde q nasci, eu SEI qm era bom e ele iria mt longe. Essa historia é mt triste.
Fim da historia

fonte:

https://amargemdofeminismo.wordpress.com/2014/11/14/o-trafico-de-drogas-arruina-a-vida-das-perifericas-e-nao-ignore-que-voce-financia-isso/


enquanto dichava, enrola e acende um baseado - conta a história e ouve "convoque seu Buda" - do Criolo

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