terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Depoimento de Victor Seixas sobre experiência em Casa Vazia

Brincar de declarar É preciso coragem para abrir. Ô se é. Para descer as escadas na companhia do coração vestido de partido alto. Receber as regras com atenção. Perceber a volta do sotaque do amigo que veio das bandas de lá de cima, sedento pela carne preparada pela avó. O banho de chuva, de cuia, de chuveiro, de mãe. É precisa a leveza dos pássaros, a delicadeza do olhar, as crianças, o cão, a vizinhança. É preciso negar o brigadeiro: doce mesmo é a calmaria da Chris. Um convite a um ponto de vista, um abismo de visão, um afago. É brincadeira pura todo o rock para mamãe. O fone de ouvido sem microfone da atriz semi completa que varre o chão. Repleta é Mariah. Envolve, acaricia, seduz e transforma. Conhece as formas. Saboroso fubá, na carona do queijo de minas, batido pelas mãos do pernambucano (já sem sotaque). A mesa posta é Samuca. É farto, é anfitrião, é receita de humano. Segredo é brincar de cegueira, de pé no chão, mão na mão, mão no coração, mão na chave. Segurar forte. Sério é Ricardo. De cartas, de frechas, de lavabo, de frente. Amadurecer é ser capaz de ouvir as mesmas histórias por bocas distintas? Qual é o bastante para não sofrer? Qual a parte que nos cabe nesse caderno? Não foram perguntas, não. Foi a vitória da vontade sobre o medo. Overdose de encontro. Oficina de amor. - Quando você chegar não precisa interfonar, mete a mão (ou a mãe) na maçaneta e pode entrar. E não me diz para ficar a vontade. Isso não precisa. Já cheguei com ela.

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